Milhares de manifestantes se reúniram na manhã do último domingo (29) na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, para uma manifestação cujo principal objetivo é pressionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a pautar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Vestidos predominantemente de verde e amarelo e com inúmeras faixas com os dizeres “Fora Moraes”, os manifestantes também trouxeram faixas com pedidos de respeito à democracia, com cobranças a Pacheco e com mensagens relacionadas a Elon Musk, que nos últimos meses tem se manifestado com frequência contra abusos do poder Judiciário.
O local do protesto foi escolhido por ser o reduto eleitoral de Pacheco. O PSD, partido do presidente do Senado, também é alvo dos manifestantes, devido à falta de posicionamento da maior parte dos senadores da legenda sobre o impeachment do ministro.
A manifestação em Belo Horizonte teve início às 10h. Mais de 20 parlamentares, de vários estados, confirmaram presença. Horas antes do início do ato, um pixuleco de Rodrigo Pacheco, foi inflado pelos manifestantes. O boneco, que foi “estreado“ neste domingo, traz a frase “Se não pautar, vamos cassar! Fora Moraes”.
O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) chegou cedo ao local da manifestação. “Nada é mais importante na agenda brasileira do que colocar Alexandre de Moraes para fora do STF”, declarou, afirmando que espera a presença de um bom número de parlamentares de Brasília no ato deste domingo.
À Gazeta do Povo, a psicóloga Sandra Nogueira, eleitora de Rodrigo Pacheco, disse que o parlamentar tem mostrado omissão frente a uma grave crise que o país atravessa. “Votei no Pacheco acreditando que ele fosse fazer um trabalho importante para Minas Gerais e para o Brasil, mas na verdade ele tem se mostrado muito misso. Então eu, como eleitoral, mineira, brasileira, estou cobrando posição positiva dele a favor do Brasil”.
O geógrafo Giovanni Myrrha afirmou ter ido ao protesto para cobrar respeito à ordem democrática. “O povo tem que ser respeitado. Nós é que lutamos pela soberania, que colocamos os nossos representantes, e a democracia tem que ser eficaz, vigente”, disse.
Fonte: Gazeta do Povo