O presidente da CPMI do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), irá submeter novamente a votação requerimentos da oposição que pedem a convocação do general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Lula.
Os requerimentos são dos senadores Sérgio Moro, Izalci Lucas, Magno Malta e dos deputados Nikolas Ferreira, delegado Ramagem, Rafael Brito e Marco Feliciano.
A próxima reunião do colegiado ocorrerá na próxima terça-feira (20), às 9h.
Ainda estão na pauta requerimentos que pedem o compartilhamento de documentos com o Supremo Tribunal Federal (STF), como inquéritos de pessoas que foram presas depois de terem invadido o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o próprio STF.
Também foram pedidas as convocações do ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha e Renato Martins Carrijo, perito da Polícia Civil do Distrito Federal, responsável pela elaboração do laudo do local onde foi encontrado um artefato explosivo próximo ao aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro do ano passado.
No total, há 24 requerimentos para análise após a oitiva do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques.
Na última sessão parlamentares governistas, maioria na CPMI, aprovaram requerimentos de convocação de nomes de interesse da base do governo como o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cid, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-ministro do GSI do governo anterior, general Augusto Heleno.
Já Gonçalves Dias e o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, tiveram os pedidos de convocação rejeitados pelos membros da comissão.
No entanto, o presidente do colegiado, Arthur Maia, defende que personagens centrais da investigação devem ser ouvidos na CPMI.
“Foi constrangedor ver a maioria do colegiado da CPMI do 8 de janeiro rejeitar requerimentos de convocação de personagens centrais nessa investigação, como é o caso do GDias, ex-GSI, do Saulo Moura da Cunha, ex-Abin, e do ministro da Justiça, Flávio Dino”, escreveu no Twitter.