A PGR (Procuradoria Geral da República) se manifestou favorável à soltura do ex-assessor para Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Filipe Martins. A petição, ao qual o Poder360 teve acesso, de 2ª feira (29.jul.2024) é assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Segundo o documento da PGR, as informações apresentadas pelo ex-assessor e a quebra de sigilo telemático “parecem indicar, com razoável segurança, a permanência do investigado no território nacional no período questionado”.
Martins foi preso na operação da PF (Polícia Federal) Tempus Veritatis. É suspeito de tentar viajar com o ex-chefe do Executivo para os Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022.
O ex-assessor de Bolsonaro foi preso em 8 de fevereiro de 2024 e segue detido. A prisão foi autorizada sob o argumento da PF, aceito pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, de que Martins estaria foragido e havia risco de ele fugir do país.
A informação de que Filipe Martins teria embarcado para os EUA, como se observa, não havia sido confirmada –mas a prisão havia sido requerida mesmo assim. Sobre “a localização do investigado” ser “incerta”, a PF desconsiderou fotos do ex-assessor de Bolsonaro publicadas em perfil aberto na internet.
Além disso, quando Martins foi preso, a PF soube onde procurá-lo: no apartamento de sua namorada em Ponta Grossa (PR), a 117 km de Curitiba –logo, o seu paradeiro era conhecido. Ele hoje está no Complexo Médico Penal de Pinhais (PR).