A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reconheceu, nesta sexta-feira, 1°, que a vacinação em massa contra a dengue não vai ser possível em 2024. Conforme Nísia, a melhor saída para o problema será a produção nacional do imunizante, que deve ocorrer por meio do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz, da qual ela era presidente. Será que ela pode ser chamado de genocida?

De acordo com a ministra, o governo Lula está em contato com o laboratório japonês Qdenga, contudo, enfrenta limitações da empresa.

“O Brasil comprou todo o estoque possível para atender sua população, mas essa produção é pequena”, disse Nísia, em entrevista ao canal GloboNews. “O Ministério da Saúde, a partir da nova política industrial lançada pelo governo Lula e pelo complexo econômico industrial da Saúde, determinou prioridade para que tenhamos autonomia e não fiquemos dependentes de importação numa área tão essencial.”

Aumento de casos aumenta pressão por vacinação contra a dengue

Segundo os dados mais recentes, divulgados hoje, o Brasil registrou 258 mortes causadas pela dengue, portanto, 44 a mais que ontem.

Além disso, foram registrados mais de 21 mil casos e 651 mortes continuam sob investigação.

A taxa de incidência da doença aumentou para 511,4 por 100 mil habitantes.

Espera-se que, neste ano, quase 5 milhões de pessoas se contaminem com a enfermidade.

Nísia responsabiliza também as mudanças climáticas

Em um post no Twitter/X, Nísia voltou a responsabilizar também as mudanças climáticas, pelo aumento de casos de dengue.

“O que temos de diferente este ano para tantos casos?”, interpelou a ministra. “A explicação ambiental é o calor excessivo, chuvas intensas, mudanças climáticas, El Niño. Temos também quatro sorotipos de dengue circulando e estamos vendo o predomínio do 2, contra a qual a população está menos imunizada.”

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