Hoje tivemos a segunda seção da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, onde foi votado o Plano de Trabalho da comissão elaborada pela Senadora Eliziane Gama (PSD-MA), sendo aprovado por 18 votos a 12.

Um dos principais pontos do plano de trabalho é a investigação de outros dois dias que, segundo Eliziane, foram prenúncios para o 8 de janeiro: 12 e 24 de dezembro de 2022. Em 12 de dezembro, data da diplomação do presidente Lula, manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília.

Já no dia 24, a PM-DF detonou um suposto artefato explosivo que foi encontrado nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília. Diferentemente do que disse anteriormente, Eliziane destacou no plano de trabalho que o colegiado deve averiguar as omissões que resultaram nos atos de depredação do 8 de janeiro.

“Buscaremos esclarecer quem planejou, executou e se omitiu, quando por força legal deveria ter agido para evitar o ocorrido, contribuindo, assim, para a individualização das condutas com vistas à aplicação das sanções cabíveis”, diz ela no documento. A parlamentar chamou ainda os autores do 8 de janeiro de “terroristas”.

No início da sessão, o presidente do colegiado sugeriu que os requerimentos relacionados a documentos que estão em segredo de Justiça fossem excluídos da CPMI. Existem diversos requerimentos que pedem informações, imagens e são documentos sigilosos da Abin.

Além disso, alguns parlamentares solicitaram ao Supremo Tribunal Federal o inquérito, que tramita em sigilo, que investiga os atos do dia 8. O senador Esperidião Amin (PP-SC) se manifestou contra a retirada dos documentos da CPMI. “Essa comissão não pode estar subordinada ao segredo de Justiça. Se não, não tem investigação”, explicou.

 

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