A polícia federal foi até o gabinete do deputado federal André Fernandes (PL-CE) no Ceará, para intimar sobre a instauração de um inquérito que investiga a mudança de autodeclaração racial durante sua trajetória política. Em 2018, quando concorreu a deputado estadual, o político se autodeclarou ‘pardo’, já em 2022, durante sua candidatura para deputado federal, alterou sua declaração para ‘branco’. Só que a mesma policia federal não abriu inquérito parecido contra o atual ministro Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT-PI), que em 2014 se declarou amarelo, em 2018 virou pardo e em 2022, finalmente, indígena, o antigo ministro da justiça Flávio Dino também passa pela mesma situação, em 2014 ele se autodeclarou branco, em 2018 e 2022 disse que era pardo.

O deputado André Fernandes confirmou ter efetuado ambas as declarações no sistema eleitoral. no entanto, nega qualquer falsificação nos dados. O deputado, natural do Nordeste, argumenta que, em um país miscigenado como o Brasil, é complexo chegar a uma definição exata de cor/raça. Ele irá prestar depoimento à PF em fevereiro.

“Em 2018, eu achava que era pardo, mas depois achei que era branco. Num país miscigenado, é difícil essa definição subjetiva”, afirmou Fernandes, citando que até o ministro Flávio Dino já alterou sua autodeclaração étnico-racial ao longo de eleições passadas.

A pergunta que se faz é que será que a polícia Federal vai tomar as mesma providências contra o Ministro Wellington Dias e o ministro Flávio Dino?
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