O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados arquivou, nesta quarta-feira, 27, por 10 votos a 5, a ação instaurada contra o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA), acusado de assédio pela deputada Júlia Zanatta (PL-SC). Na decisão, o relator Ricardo Maia (MDB-BA) entendeu que não houve intenção libidinosa na abordagem do deputado com Júlia. O emedebista concluiu que o episódio não configurou quebra de decoro parlamentar.
“Conclui-se que não há justa causa para autorizar o prosseguimento do presente feito”, escreveu Maia, em trecho do relatório. “Realizada análise da peça principal, infiro que, apesar de autoria e materialidade dos fatos declinados na representação estarem demonstradas por imagens capturadas no evento, a conduta descrita não configura afronta ao decoro parlamentar.”
A representação contra Jerry foi protocolada pelo PL em abril. À época, o partido pediu a cassação do parlamentar.
Acusação de assédio contra deputado comunista
A deputada Júlia Zanatta acusou o deputado Márcio Jerry de assédio. Ao final de uma sessão em que a Comissão de Segurança Pública ouvia o ministro da Justiça, Flávio Dino, quando parlamentares iniciaram uma discussão.
Júlia estava discutindo com a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) quando Jerry chegou por trás dela e falou algo. Nesse momento, Júlia se virou para o deputado para responder à provocação e tentar entender a situação. Na sequência, ela afirmou ter sido vítima de assédio.
Jerry afirma que, naquele momento, estava tentando apenas pedir para que ela respeitasse a experiência de Lídice da Mata.