Nesta segunda-feira, 30, a Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela suspendeu “todos os efeitos das diferentes fases do processo eleitoral” das primárias da oposição, cuja vencedora foi a ex-deputada María Corina Machado. O “STF” do país acolheu um pedido do deputado chavista José Brito.
De acordo com Brito, ele não pôde participar da disputa realizada em 22 de outubro. Brito solicitou a revisão de “irregularidades” no processo eleitoral, que poderiam constituir “a alegada prática de crimes eleitorais e a alegada prática de crimes comuns”.
Conforme o tribunal, cuja maioria dos juízes foi indicada pela ditadura, a comissão organizadora do processo deverá registrar “o histórico administrativo, contendo as 25 fases do processo eleitoral” das primárias, que vão desde a convocação do evento até a ata de escrutínio, totalização e proclamação.
Na quinta-feira 26, María Corina venceu as eleições primárias para disputar a Presidência contra o ditador Nicolás Maduro. A líder da oposição obteve 92% dos votos.
Além disso, a comissão terá de entregar ao “STF” da Venezuela a ata de aceitação da candidatura de pessoas supostamente inelegíveis, como o caso de María Corina.
A Corte determinou ainda o prazo de três dias para apresentar “um relatório indicando o mecanismo utilizado para salvaguarda do material eleitoral e o local designado para o efeito”.