O vencedor das primarias Argentinas, o libertário Javier Milei fez críticas ao Papa Francisco, de acordo com o candidato do partido  La Libertad Avanza, “é o representante do maligno na terra, ocupando o trono da casa de Deus”, afirmou o argentino. A fala foi proferida durante uma entrevista a um canal de televisão.

De acordo com o direitista, que lidera a corrida à presidência da Argentina, o religioso católico “impulsiona o comunismo com todos os desastres que causou” e, em sua avaliação, “isso vai contra as escrituras sagradas”, declarou.

O choque que o triunfo de Milei causou na Igreja transcende a visita do Papa, além do significado histórico que teria. O libertário prevaleceu em várias vilas emblemáticas como La Cava, no bairro de San Isidro, da qual o atual arcebispo de Buenos Aires, Jorge García Cuerva, era pároco.

A relação entre as duas partes não é das melhores o sumo pontífice também fez críticas ao candidato argentino, inclusive o comparando a Hitler, em  uma das entrevistas que deu à imprensa argentina em março por ocasião do 10º aniversário de seu pontificado, ele fez uma alusão implícita ao libertário muito severo. Alertando do risco de se irritar com políticos, ele citou o livro “Síndrome de 1933”, de Seigmund Ginzberg, que descreve o contexto em que o nazismo surgiu na Alemanha e a ascensão de “um político que falava bem e seduzia as pessoas; depois votaram no Adolfito e acabamos assim”.

 

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