A autoridade eleitoral de Buenos Aires anunciou que as urnas eletrônicas não serão usadas para as eleições gerais da Argentina, marcadas para 22 de outubro. O governo estuda aderir ao voto impresso. De acordo com o jornal locap La Nacion, as falhas nas máquinas ocorridas nas prévias, chamadas de Paso (Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias), no domingo 13, levaram à mudança.

Nas eleições primárias, o usou-se um método misto de votação, com urnas físicas na maioria dos distritos. Em Buenos Aires, os eleitores tiveram as duas opções.

Para eleger presidente, vice-presidente, senadores e deputados, a capital argentina usou a cédula de papel. Já para eleger chefe de governo e governadores das províncias, usaram a urna eletrônica.

Urnas eletrônicas enfurecem populares

Muitos eleitores que tinha ido votar nas Paso reclamaram de longas filas e falhas técnicas das urnas eletrônicas. Então, o Instituto de Gestão Eleitoral da Cidade (IGE) informou que o sistema não será utilizado na cidade.

A entidade comunicou que vai acatar a decisão da juíza federal María Servini, que questionou o sistema eletrônico de votação depois das irregularidades durante o Paso.

“A experiência acumulada por mim em mais de 30 anos como juíza eleitoral me obriga a alertar que não podem ser realizadas novamente, nas mesmas condições, as eleições de 22 de outubro”, disse a juíza, em documentos enviados à Câmara Nacional Eleitoral, ao Tribunal Eleitoral da cidade e ao IGE.

A prefeitura de Buenos Aires também divulgou um comunicado, no qual apoiou a decisão e responsabilizou as entidades eleitorais pelos atrasos ocorridos.

O governo municipal disse que a decisão final sobre como as eleições gerais de outubro serão votadas ainda deve ser discutida com “todos os envolvidos”.

O IGE deve trabalhar em conjunto com as autoridades judiciárias para decidir um novo sistema de votação. O uso da cédula de papel não foi descartado.

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