A articulações em relação a CPI do MST estão a cada minuto com novidades, depois de Lira cancelar a ida do ministro da Casa Civil Rui Costa, e de partidos do centrão trocarem membros que tem posicionamentos contra o MST, agora membros da oposição se agarram à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). A “novela” que acontece no colegiado aguarda uma ação mais incisiva por parte da FPA, que é composta por 300 deputados federais e 40 senadores.
Interlocutores da comissão disseram que o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), e o presidente da CPI do MST, deputado Tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), conversaram com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Mais cedo, o relator da CPI, deputado Ricardo Salles (PL-SP), indicou que deveria entregar o relatório das investigações na próxima semana. Contudo, depois do bate-papo, surgiu a esperança de “reconstruir” a antiga composição do colegiado.
A oposição deseja reconduzir os sete deputados que foram substituídos — sem aviso prévio — à CPI. A ação se refere a uma manobra do governo do presidente Lula que, ao abrir espaço para o centrão na Esplanada, pediu em troca o “desmanche” do colegiado.
O desmonte da CPI aconteceu quando a maioria governista tomou conta do colegiado. Assim, a base de Lula poderia redirecionar a pauta da investigação para os grandes produtores e à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
A expectativa é que, na próxima semana, o “fator” FPA pese na consciência dos líderes partidários da Casa e reverta o jogo em favor da oposição.
Para a próxima semana, a CPI do MST ainda aguarda os depoimentos do líder do MST, João Pedro Stédile, e do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Na sexta-feira 11, alguns membros da comissão devem realizar uma diligência em Alagoas.