Integrantes da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), mais conhecida como Bancada Evangélica, não devem dialogar com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, indicado pelo presidente Lula como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

À coluna, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), segundo vice-presidente da Câmara e ex-presidente da bancada, disse ser “impossível” dialogar com Dino e que o clima da FPE é “contrário” a indicação do ministro.

“A indicação de Dino é um escárnio aos evangélicos do país”, destacou Sóstenes, que continua sendo muito influente na bancada evangélica. “É mais um ataque do Lula aos evangélicos.”

Após a oficialização da indicação, é comum que os preteridos ao STF se encontrem com senadores e membros de bancadas influentes no Congresso Nacional. O ministro Cristiano Zanin, por exemplo, que foi indicado por Lula neste ano, se encontrou com Sóstenes e com outros membros da bancada antes de ser sabatinado. Contudo, o mesmo não deve ocorrer com Flávio Dino em relação a FPE.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), marcou para 13 de dezembro a sabatina do ministro. Se for aprovado, Flávio Dino segue para o plenário. Alcolumbre ainda designou o senador maranhense Weverton Rocha (PDT) como relator da indicação do ministro.

Apesar do trabalho que o governo está fazendo em favor de Flávio Dino, ele não deve enfrentar um clima favorável durante a sabatina. A sessão na CCJ deve ser longa e marcada por embates com senadores da oposição.

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