O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um embargo de declaração com pedido para ele explicar a “natureza” de sua decisão em relação à entrega das imagens do Palácio da Justiça.

O documento foi encaminhado na segunda-feira 14, mas Maia tornou o ato público nesta terça-feira, 15, durante uma sessão da CPMI. “Não fomos atendidos em sua totalidade. Vamos cobrar para que todas as filmagens sejam enviadas à CPMI”, explicou o deputado baiano.

Em 7 de agosto, o magistrado autorizou o envio das imagens de segurança do Palácio da Justiça — referentes ao 8 de janeiro. A decisão aconteceu depois de o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, negar o acesso aos vídeos por duas vezes à CPMI.

Além disso, Dino havia remetido a decisão a Moraes. Segundo o ministro da Justiça, a divulgação do conteúdo das imagens poderia “comprometer as investigações” que estão em andamento.

No mesmo dia, em nota, a pasta informou que iria remeter a decisão à Polícia Federal (PF), pois todas as gravações referente ao 8 de janeiro teriam sido levadas pelos policiais.

Então, na quarta-feira 9, a PF enviou as gravações ao colegiado. Contudo, apenas o conteúdo de duas câmeras foi enviado, segundo os parlamentares que integram a comissão. As gravações mostrariam apenas imagens da recepção do prédio.

Conforme a oposição, o número de câmeras enviado seria desproporcional em relação ao tamanho do Palácio da Justiça. O senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-ministro da Justiça, alegou que no prédio tem, ao menos, oito câmeras em cada andar.

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