O número de focos de queimadas registradas entre os dias 1° de janeiro e 24 de junho deste ano no Pantanal atingiu uma marca histórica: são 3.372 pontos detectados. Essa é a maior quantidade nos primeiros cinco meses e 24 dias do ano em toda a série histórica do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que monitora a informação desde 1998.

Na comparação com 2023, quando 150 focos foram registrados no Pantanal até o dia 24 de junho, o número aumentou 2.148%. O total de pontos de incêndio em 2024, por sinal, é o maior desde 2020, quando a quantidade tinha chegado a 2.365.

Apenas em outras duas ocasiões, ao longo dos últimos 26 anos, os incêndios no bioma da Região Centro-Oeste do Brasil ultrapassaram a marca de mil focos até 24 de junho, ambas em governos anteriores do presidente Lula: em 2005, quando foram registrados 1.110 pontos de queimadas; e em 2009, com 2.161.

Em todo o país, os focos até o dia 24 de junho aumentaram 60% se comparados com o ano passado. Nos primeiros 175 dias de 2023, o Brasil teve 21.005 pontos de queimadas. Já neste ano, o total subiu para 33.652. O bioma com o pior resultado em 2024 ainda é a Amazônia, que teve 12.775 focos até esta segunda (25), número 74% maior que os 7.343 do ano passado.

COMENTAR