O Ministério Púbico Eleitoral (MPE) se manifestou a favor da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, na quarta-feira 12, informou a CNN Brasil. O órgão entendeu que houve “abuso de poder político”, por parte de Bolsonaro, ao ter interpelado o sistema eleitoral brasileiro, durante uma reunião com embaixadores, no Palácio da Alvorada, no ano passado.
A manifestação, assinada pelo vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, foi entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ação na qual o documento foi enviado está em sigilo, por determinação do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves.
O parecer final do MPE, que veio logo depois da mais recente manifestação da defesa do ex-presidente, sugere que a investigação terminou. Cabe, agora, ao ministro relator da ação apresentar seu relatório sobre o caso, e escrever seu voto. Fica a cargo do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, marcar a data do julgamento do ex-presidente.
A ação apresentada pelo PDT diz respeito a uma reunião que Bolsonaro teve com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho do ano passado. Na ocasião, o então chefe do Executivo fez críticas ao sistema eleitoral e questionou a confiabilidade das urnas eletrônicas.
Cerca de um mês depois da reunião, o PDT, presidido pelo hoje ministro da Previdência do governo Lula, Carlos Lupi, apresentou à Justiça Eleitoral uma ação pedindo tanto a remoção dos vídeos relacionados ao evento das redes sociais quanto a declaração de inelegibilidade e de seu então candidato a vice, Walter Braga Netto.