O Brasil possui um crédito de US$ 3,1 bilhões, o equivalente a R$ 15,4 bilhões, com 13 países, de acordo com o Ministério da Fazenda. A última atualização dos valores ocorreu em 31 de janeiro. Cuba e Venezuela estão no topo da lista que devem o valor bilionário ao Brasil. A Venezuela já têm US$ 1,2 bilhão em atraso (R$ 6 bilhões), e Cuba, US$ 608 milhões (R$ 3 bilhões), além de cerca de US$ 500 milhões a vencer (R$ 2,5 bilhões). As dívidas dos demais países, vencidas, são de até US$ 143 milhões (R$ 715 milhões), individualmente.

Conforme o levantamento da Fazenda, os seguintes países têm dívidas com o Brasil, vencidas e a vencer: Antígua e Barbuda, Congo, Cuba, El Salvador, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Mauritânia, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Senegal, Venezuela e Zimbábue.

Conforme o jornal O Globo, a Presidência do Brasil pretende revisar as dívidas dos países durante os encontros do G20. A gestão federal começou a negociar a possibilidade de descontos com outros países credores.

A origem do crédito brasileiro se deu a partir de três ações: o financiamento à exportação pelo Programa de Financiamento às Exportações (Proex); o seguro de crédito à exportação (SCE) com cobertura de obras financiadas pelo BNDES; e uma modalidade de crédito que existiu até o fim dos anos 1990, a Finex.

Neste último caso, o objetivo da Finex era suprir a demanda por créditos às exportações não atendida pelo setor financeiro privado.

Pela lei, o Brasil não pode perdoar dívidas, mas conceder descontos. Segundo O Globo, um dos objetivos do país, como presidente do G20, é negociar o endividamento global. A estratégia é incluir algum tipo de compromisso na declaração de líderes do grupo, que vão se reunir no Rio de Janeiro, em novembro.

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