O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou, nesta quarta-feira (31), o ataque aéreo conduzido por Israel nesta terça (30), em Beirute, capital do Líbano, e disse acompanhar com “extrema preocupação” a escalada de hostilidades. Em nota, o grupo terrorista Hezbollah foi chamado de “partido libanês”.
– O Brasil acompanha com extrema preocupação a escalada de hostilidades entre Israel e o braço armado do partido libanês Hezbollah – diz nota divulgada pelo Palácio Itamaraty.
– A continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva a espiral de violência e agressões com danos cada vez maiores, sobretudo às populações civis dos dois países – continua o texto.
A gestão Lula pediu que as autoridades israelenses e o Hezbollah se abstenham de ações que possam expandir o conflito, que pode trazer “consequências imprevisíveis para a estabilidade do Oriente Médio e a segurança internacional”.
– O governo brasileiro apela à comunidade internacional para que se valha de todos os instrumentos diplomáticos à disposição para conter imediatamente o agravamento do conflito – finaliza a nota.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) atacaram os subúrbios de Beirute nesta terça (30), em retaliação à ofensiva nas Colinas do Golan que matou 12 crianças no último sábado (27).
Segundo os militares israelenses, o alvo do ataque foi o chefe militar do Hezbollah, Fuad Shukr, “o líder militar mais graduado” do grupo e conselheiro próximo do líder da organização, Hassan Nasrallah.
O ataque aconteceu pouco antes das 20h (horário local) em Haret Hreik, no sul de Beirute que é reduto do grupo. Imagens mostram prédios danificados e fumaça.
– As IDF realizaram um ataque direcionado em Beirute, contra o comandante responsável pelo assassinato de crianças em Majdal Shams e pela morte de vários outros civis israelenses – afirmaram os oficiais israelenses.
A Agência Nacional de Notícias estatal do Líbano informou que o ataque foi realizado com um drone que lançou três foguetes.