Os Estados Unidos solicitaram nesta segunda-feira, 30, que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e seu governo mantenham os compromissos com a oposição do país para as eleições do próximo ano. De acordo com um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, se o acordo for quebrado, “medidas serão tomadas”.

“O governo dos Estados Unidos tomará medidas se Maduro e seus representantes não cumprirem seus compromissos do roteiro eleitoral com vistas às eleições presidenciais de 2024”, declarou o porta-voz à imprensa.

O alerta aconteceu depois que o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela suspendeu os resultados das primárias presidenciais da oposição deste mês.

A decisão foi tomada pela Suprema Corte do país, apesar de um acordo eleitoral que permite a cada lado escolher o seu candidato.

O governo dos Estados Unidos ameaçou reverter o alívio das sanções ao setor petrolífero da Venezuela se Maduro suspender o acordo.

Procuradoria da Venezuela alega investigar primárias

A Procuradoria da Venezuela declarou que está investigando as primárias e os organizadores da votação por crimes eleitorais, crimes financeiros e conspiração.

Os organizadores deram depoimentos à Procuradoria nesta segunda-feira, 30. O regime venezuelano disse que houve fraude desde o dia da votação.

A investigação e a suspensão dos resultados por parte da Suprema Corte da Venezuela são decisões tomadas no processo movido pelo deputado chavista Jose Brito.

Segundo a Justiça, ele queria ter participado dessas primárias, mas não pertence a nenhum dos partidos que organizaram a votação.

O tribunal, no qual a maioria dos juízes foi indicada pela ditadura de Maduro, afirmou que a comissão organizadora do processo deverá registrar “o histórico administrativo, contendo as 25 fases do processo eleitoral” das primárias que vão desde a convocação do evento até a ata de escrutínio, totalização e proclamação.

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