A Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD) do Senado aprovou, na manhã desta quarta-feira, 9, pedido de investigação das atividades do movimento Sleeping Giants Brasil. O senador Plínio Valério (PSDB-AM) foi o autor do requerimento.
Agora aprovado pelo colegiado, o pedido de investigação questiona a legitimidade do grupo em agir como um fiscalizador da imprensa no país. De acordo com Valério, o movimento virtual prejudica o mercado publicitário nacional.
“A atuação do Sleeping Giants, em outras palavras, significa uma autorização e uma conivência do Estado para que referida associação possa decretar, conforme sua conveniência, quem deve ou quem não deve receber quotas de patrocínio, em verdadeira prática de coação a empresas?”, diz trecho do requerimento.
A versão brasileira do Sleeping Giants é uma organização de vigilantes digitais cujo modus operandi é acusar empresas que, segundo viés do grupo, espalham a desinformação pelo país.
Desdobramento de um movimento ativista criado em 2016 nos Estados Unidos para prejudicar economicamente sites, páginas e perfis, o Sleeping Giants Brasil foi criado no Brasil em 2020.
O senador Plínio Valério já realizava críticas à página desde março deste ano, por, de acordo com ele, promoção de uma campanha de intimidação a veículos de comunicação, destacando a Jovem Pan. Associações de rádio, televisão e imprensa também se manifestaram contrariamente a essas campanhas do Sleeping Giants.
O requerimento contou com assinatura de 16 senadores, além de Plínio Valério (PSDB-AM). Assinam o pedido de investigação contra o Sleeping Giants os seguintes parlamentares:
Eduardo Gomes (PL-TO);
Izalci Lucas (PSDB-DF);
Jorge Seif (PL-SC);
Carlos Portinho (PL-RJ);
Carlos Viana (Podemos-MG);
Eduardo Girão (Novo-CE);
Marcos Rogério (PL-RO);
Damares Alves (Republicanos-DF);
Cleitinho (Republicanos-MG);
Luis Carlos Heinze (PP-RS);
Hamilton Mourão (Republicanos-RS);
Jaime Bagattoli (PL-RO);
Marcio Bittar (União-AC);
Esperidião Amin (PP-SC); e
Styvenson Valentim (Podemos-RN).