A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos autorizou nesta quarta-feira, 13, um inquérito formal que pode levar a um processo de impeachment do presidente Joe Biden. A Casa aprovou a formalização por 221 votos a 212.

Os republicanos já haviam começado um inquérito informal sobre o democrata em setembro pelo então presidente da Câmara, o republicano Kevin McCarthy.

Desde aquele mês, o trio de comitês que lideram a investigação interrogou vários funcionários do Departamento de Justiça e da Receita Federal dos Estados Unidos.

Documentos que podem levar impeachment contra Biden

Os colegiados obtiveram muitos documentos e novos registros bancários, inclusive de membros da família Biden.

De acordo com o Partido Republicado, a formalização do processo fortalece as intimações e a posição legal do inquérito.

Os membros da legenda no Comitê de Regras da Câmara também alegam que a medida foi uma resposta à obstrução do governo em entregar os documentos solicitados.

Um dos comitês que lidera a investigação, o painel de supervisão da Câmara se concentrou nas negociações comerciais estrangeiras de Hunter Biden e procurou fazer conexões com o pai, Joe Biden.

O comitê liderado pelos republicanos divulgou um documento na semana passada mostrando o pagamento da entidade empresarial de Hunter Biden, a Owasco PC, ao presidente norte-americano quando não estava no cargo, mas omitiu evidências de que o filho de Biden estava reembolsando o pai por um carro.

O comitê também divulgou que houve dois cheques pessoais do irmão do presidente, James Biden, para ele quando não estava no cargo. Mas as evidências disponíveis sugerem que se tratava de reembolsos de empréstimos.

Presidente chama inquérito de “golpe político infundado”

A Casa aprovou a formalização por 221 votos a 212 nesta quarta-feira, 13. chamou a abertura de inquérito de impeachment contra ele como um “golpe político infundado”.

“Em vez de fazerem qualquer coisa para ajudar a melhorar a vida dos norte-americanos, eles estão concentrados em me atacar com mentiras”, comentou.

O presidente disse que há temas urgentes que precisam ser abordados pelos congressistas, como a economia, a fronteira sul dos Estados Unidos, a Ucrânia e Israel. Segundo ele, “os republicanos no Congresso não agirão para ajudar”.

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