O número de yanomamis mortos no 1º ano (2023) da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi de 363, segundo dados obtidos pelo Poder360 via LAI (Lei de Acesso à Informação). É uma alta de 5,8% sobre os 343 mortos no ano anterior, 2022, quando comandava o país Jair Bolsonaro (PL).
– Essa informação desmente o relatório apresentado em 5 de janeiro pelo Ministério da Saúde. Na ocasião, o governo Lula celebrou uma suposta redução no número de mortes de ianomâmis no primeiro ano de mandato: 308, em 2023, contra 343, em 2022. (…) A gestão petista omitiu que as mortes registradas em 2023 ocorreram entre janeiro e novembro. Ou seja, o último mês do ano não fora contabilizado – reportou a revista.
Cerca de 30.000 yanomamis vivem em uma reserva de 96.000 km2 demarcada nos Estados de Roraima e Amazonas. É uma área maior que o território de Portugal (92.000 km2 para 10,6 milhões de habitantes).
Os indígenas têm sido expostos ao contato com garimpeiros e madeireiros que atuam ilegalmente na região. Há também casos crônicos de desnutrição e doenças. Os yanomamis têm dificuldade para desenvolver culturas de subsistência como plantio de alimentos e pesca. São dependentes de ajuda federal.
A administração federal tem o Ministério dos Povos Indígenas, comandado por Sonia Guajajara (Psol). Apesar dos anúncios do Planalto dando prioridade para o tema, o total de mortes de yanomamis aumentou em 2023.