O preço médio do litro da gasolina nos postos de abastecimento de todo o país subiu 5,8%, para R$ 5,67, na semana entre os dias 2 e 8 de julho, informou, nesta sexta-feira (7), a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Na semana anterior, o preço médio do insumo foi de R$ 5,36 por litro.
A alta da gasolina no varejo reflete a volta integral da cobrança dos impostos federais PIS/Cofins sobre o produto desde o último dia 29. O aumento veio um pouco abaixo do estimado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), que esperava aumento de R$ 0,34, em vez dos R$ 0,31 no preço do insumo.
O impacto da volta dos impostos ao consumidor seria ainda maior não fosse a redução praticada pela Petrobras nos preços válidos em suas refinarias, de aproximadamente R$ 0,14 por litro ou 5,3%, válida desde 1º de julho.
A volta do PIS/Cofins completa o ciclo de reoneração da gasolina, após cortes de impostos federais e estaduais no fim do governo Jair Bolsonaro (PL). O governo anterior promoveu ampla desoneração na tentativa de frear a inflação oficial do País em meio à corrida eleitoral. Desde o início, o novo governo, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deixou claro que haveria recomposição das cobranças para proteger a arrecadação da União e dos estados.
Em junho, os estados já tinham começado a cobrar uma alíquota fixa de ICMS sobre a gasolina, de R$ 1,22 por litro, o que já se refletiu nas bombas. Os efeitos da volta do ICMS também foram atenuados por cortes nos preços da Petrobras, dominante no mercado.
ETANOL
O etanol hidratado também assistiu à volta dos impostos e, por isso, teve alta de 5,1%, saltando para R$ 3,93 por litro nesta semana, ante R$ 3,74 nos sete dias anteriores. A Abicom esperava aumento de R$ 0,22 em vez dos R$ 0,19 no caso do etanol.