Os Estados Unidos enfrentam atualmente a pior crise imigratória de sua história, com estimativas sugerindo que cerca de 8 milhões de pessoas, já entraram ilegalmente no país pela fronteira sul com o México desde a posse do presidente Joe Biden, e o número deve aumentar a Suprema Corte dos EUA, em uma decisão dividida, permitiu que agentes da Patrulha de Fronteira removessem arame farpado instalado pelo Texas na fronteira EUA-México. A decisão, tomada por um voto de 5 a 4, atendeu a um apelo emergencial da administração Biden, que estava em um impasse crescente na fronteira com o Texas, e que se opôs a uma decisão de apelação a favor do estado.
O arame farpado, estendendo-se por cerca de 30 milhas (48 quilômetros) ao longo do Rio Grande, próximo à cidade fronteiriça de Eagle Pass, é parte da luta mais ampla do governador do Texas, Greg Abbott, com a administração sobre a aplicação das leis de imigração.
Abbott também autorizou a instalação de barreiras flutuantes no Rio Grande perto de Eagle Pass e permitiu que tropas estaduais prendessem e encarcerassem milhares de migrantes sob acusações de invasão de propriedade. A administração Biden também está contestando essas ações em tribunal federal.
Um tribunal de apelações federal, no mês passado, obrigou os agentes federais a pararem de cortar o arame farpado. Grandes números de migrantes têm cruzado em Eagle Pass nos últimos meses.
Em documentos judiciais, a administração afirmou que o arame atrapalha os agentes da Patrulha de Fronteira de alcançarem os migrantes enquanto eles atravessam o rio e que, de qualquer forma, a lei federal de imigração tem precedência sobre os esforços do Texas para conter o fluxo de migrantes para o país.
Oficiais do Texas argumentaram que agentes federais cortaram o arame para auxiliar grupos cruzando ilegalmente o rio antes de levá-los para processamento.
O presidente da Suprema Corte, John Roberts, e os juízes Amy Coney Barrett, Ketanji Brown Jackson, Elena Kagan e Sonia Sotomayor votaram a favor da administração. Os juízes Samuel Alito, Neil Gorsuch, Brett Kavanaugh e Clarence Thomas votaram com o Texas.
Nenhuma explicação foi fornecida pelos juízes para seus votos.
Fonte: Paulo Figueiredo