Um assistente administrativo de uma escola municipal de Fortaleza foi preso na última segunda-feira (22), suspeito de estuprar uma criança de 12 anos. O crime foi cometido no banheiro da instituição de ensino, localizada no bairro Vicente Pinzon, e denunciado à Polícia pela família da vítima. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o suspeito, um homem de 45 anos, foi autuado em flagrante por estupro de vulnerável.
Ele foi capturado por uma composição do Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades da Polícia Militar e conduzido à Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca), que segue investigando o caso.
Em nota, a Secretaria Municipal da Educação (SME) informou que imediatamente solicitou a rescisão contratual do suspeito, que era servidor terceirizado da instituição, e disse, também, que a escola reportou o caso ao Conselho Tutelar. “Foram conduzidas escutas com o estudante e sua família pela equipe especializada de mediação da SME, garantindo o suporte necessário e a devida atenção ao caso”, afirmou a pasta.
Segundo a mãe da criança, que não será identificada nesta reportagem para preservar a vítima, o filho estava na escola para acompanhar a irmã, que fazia uma prova de recuperação, quando ele decidiu ir ao banheiro e, lá, foi interceptado pelo funcionário, que pegou em suas partes íntimas e tentou beijá-lo à força.
“Quando ele foi ao banheiro, esse senhor viu ele entrando e entrou, também. Ele disse que estava lavando as mãos quando esse senhor ficou na porta. Ele disse que pediu licença [para sair] e o senhor ficou no meio. Ele [homem] olhou para ele [garoto], riu, pegou na parte íntima dele pela frente e foi tentar beijar ele na boca. Meu menino empurrou ele e disse: ‘O que é isso?’. E ele [agressor]: ‘Deixe de besteira’. Mas meu menino empurrou ele e conseguiu sair”.
Depois, para a irmã, o garoto confidenciou o que tinha acontecido e ela sugeriu que ambos fossem contar o caso à diretoria da escola. A subdiretora da unidade teria ouvido a história e pedido para que os irmãos fossem para casa e retornassem com seus responsáveis.
De volta à instituição, filho e mãe teriam ouvido da direção que medidas estavam sendo tomadas. No entanto, inconformada com a possibilidade de que o caso fosse tratado apenas administrativamente, a mulher decidiu denunciar à Polícia. “Liguei, na escola ainda, para a Polícia, os policiais vieram, conversaram comigo e com meu menino, pediram para conversar com ele [suspeito], com a moça da Regional [da Prefeitura]. Ficaram lá conversando, depois disseram que a gente ia para a DCA [Delegacia da Criança e do Adolescente]. Chegando lá, foi batido o flagrante e fizeram perguntas para o diretor, para a subdiretora, para mim e para o acusado”, relatou a responsável.
Fonte: DN