Alerta máximo em Zaporíjia com Ucrânia e Rússia a trocarem acusações em torno de um possível ataque à maior central nuclear da Europa. Volodymyr Zelenskyy acusou as forças russas, que controlam a central desde fevereiro do ano passado, de colocar objetos que pareciam explosivos no telhado de vários edifícios.

De acordo com o chefe de Estado ucraniano, a sabotagem teria por objetivo simular um ataque das suas tropas. A semana passada, a Ucrânia já tinha avisado que os funcionários da central tinham sido aconselhados por Moscou a abandonar a região.

A Rússia, por sua vez, acusa a Ucrânia de preparar um ataque de longa distância a Zaporíjia utilizando explosivos contaminados com material radioativo recolhido numa central nuclear do sul do país. A acusação foi feita por Renat Karchaa, conselheiro da Rosenergoatom, empresa que gere a central nuclear, em entrevista à televisão pública.

Nem Kiev, nem Moscovo forneceram provas para sustentar as acusações mas a população local não tem outra alternativa a não ser preparar-se para o pior. Na cidade que dá o nome à central, controlada pelas forças ucranianas, as autoridades têm vindo a efetuar sessões de esclarecimento para que toda a gente saiba o que fazer em caso de desastre nuclear.

Na linha da frente, prossegue a contraofensiva ucraniana. De acordo com a República autoproclamada de Donetsk, a noite passada pelo menos uma pessoa morreu e 36 ficaram feridas na sequência de ataques da Ucrânia a um bairro residencial e um complexo hospitalar na cidade de Makiivka.

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