Mais de 13 mil policiais foram mobilizados na França, incluindo 5,5 mil em Paris, para enfrentar os protestos nesta terça-feira, 28.

Os franceses foram às ruas contra a proposta de reforma do sistema de aposentadoria do país. Muitos enfrentaram a polícia na capital francesa.

Os franceses dizem que foram às ruas estimulados pela decisão do presidente Emmanuel Macron de aprovar a lei por decreto. A reforma está sendo revisada pelo conselho constitucional da França, a última etapa antes de se tornar lei.

Depois de mais de dois meses de greves e manifestações, a resistência pública à reforma não dá sinais de diminuir, com alguns manifestantes ateando fogo em lixeiras e quebrando vitrines.

Greve

Hoje, maquinistas, enfermeiros, professores, funcionários de refinarias de petróleo e outros trabalhadores entraram em greve e se juntaram às manifestações em todo o país.

Trens interurbanos e o transporte público de diversas cidades foram severamente restringidos, e muitas escolas foram forçadas a fechar. Centenas de voos domésticos e internacionais foram cancelados no país.

A reforma do sistema de aposentadoria da França — cuja proposta central é aumentar a idade de aposentadoria de 62 anos para 64 anos até 2030 — foi um dos principais pilares da campanha de reeleição de Macron no ano passado.

No entanto, a maioria dos franceses é firmemente contra as medidas propostas. A decisão do governo francês de evitar o Parlamento e aprovar a mudança por decreto foi o estopim para novo movimento antigoverno na França.

 

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