O processo de venda da Enel Ceará, negócio avaliado em R$ 8 bilhões, emperrou. A informação é do jornal Valor. As conversas, que seguiam de forma otimista, paralisaram em razão da forma de pagamento pelo ativo. Além disso, a concessão da distribuidora cearense vence em 2028 e depende de trâmites regulatórios que ainda estão na mesa.

A renovação da concessão deverá ser solucionada entre seis a nove meses. A projeção é que após esse momento, o negócio volte a ser debatido.

No entanto, existe pressa para resolver logo o impasse. Competem pela compra da Enel as gigantes CPFL e Equatorial. O acordado era de que parte do pagamento seria dado na renovação da concessão, o que deixou uma dúvida no fechamento do negócio.

No mês de maio, a Equatorial disse que não comentaria sobre possibilidades de negócios. Já a CPFL informou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que não havia acordo vinculante ou não vinculante.

A concessionária cearense atende 4,2 milhões de unidades consumidoras em uma região de 184 municípios em expansão. Pelas regras do setor elétrico, a renovação das concessões deveria ter sido estabelecida em julho de 2022 pela União. As empresas querem que a renovação seja feita sem pagamento de outorga.

O Ministério de Minas e Energia (MME), por sua vez, quer que a renovação das concessões esteja atrelada a “contrapartidas sociais” por parte das empresas, visando a melhoria na qualidade do atendimento ao consumidor

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