As Prefeituras de Maracanaú, Mombaça e Juazeiro do Norte que tinham adotado o sistema de escola cívico-militares, já confirmaram que vão manter o programa em suas cidades, mesmo após a decisão do governo Lula, de terminar com esse programa. Desde 2022, quatro escolas funcionam sob este modelo no Estado: duas em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, uma em Juazeiro do Norte, no Cariri, e a outra em Mombaça, no Centro-Sul.
Em Maracanaú, a prefeitura informou que o modelo cívico-militar será mantido nas escolas Presidente Tancredo Neves, no Novo Maracanaú, e Dr. José de Borba Vasconcelos, no Timbó, e expandido para outras unidades de ensino da rede municipal. Recentemente, o prefeito Roberto Pessoa (União Brasil) sancionou uma lei que instituiu o Programa de Escolas Cívico-Militares no âmbito do Município. Em agosto, na volta das férias, a metodologia será implantada na escola Raimundo Nogueira da Costa, na comunidade da Pajuçara.
A permanência do modelo também foi confirmada na escola municipal Edward Teixeira Férrer, em Juazeiro do Norte, onde o ensino cívico-militar funciona desde fevereiro de 2022. A titular da Secretaria de Educação do Município, Pergentina Jardim, aponta a melhoria nos indicadores educacionais como razão principal para a continuidade o método de ensino.
“A escola deu um salto enorme de qualidade, quase dobrou as matrículas e passou a ser muito bem vista pela população. Temos que preservar isso”, argumenta a secretária. Após a implantação do modelo, o número de alunos saltou de 900 para 1.700, segundo Pergentina. “É um modelo diferente, a gente acredita numa educação que precisa ter modelos distintos para oferecer diversas possibilidades de aprendizagem”, frisou.
Em Mombaça, o ensino cívico-militar é adotado na Escola Municipal Professora Laura Alencar, que conta com cerca de 480 matriculados. A secretária de Educação do Município, Helena Oliver, considera um erro a extinção do modelo. “A nossa intenção é manter, porque estamos vendo os bons resultados na aprendizagem dos alunos”. A metodologia federal, na visão da gestora, impulsiona os estudantes a construir um “projeto de vida” baseado em valores e disciplina.
No ensino cívico-militar, a gestão educacional é realizada conjuntamente por militares e civis. Os membros das forças de Segurança atuam no apoio às tarefas administrativas, enquanto professores e demais profissionais da educação se responsabilizam pelo trabalho didático-pedagógico. Segundo o MEC, 202 escolas tinham adotado o modelo no País.
Fonte: O Povo