Renata Íris de Souza Araújo Pinheiro, que matou o marido, o policial militar Wagner Sandys Pinheiro de Lima, em dezembro do ano passado, foi denunciada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) na última segunda-feira (27). Ela responderá por homicídio, com as qualificadoras de motivo fútil e uso de arma de fogo restrita. Na denúncia enviada pelo MPCE, desmente a versão da mulher de agressão do PM, considerado que, segundos antes do crime, o cabo da Polícia Militar anunciou para a própria irmã, em conversa no WhatsApp, que iria se separar da esposa, que ela não aceitava o fim do relacionamento.

Renata foi presa em flagrante, ainda na residência do casal. Após audiência de custódia, a prisão dela foi convertida em preventiva.

O laudo inclusive aponta que policial militar Wagner Sandes Pinheiro estaria dormindo quando foi atingido por disparos de arma de fogo efetuados por sua esposa, Renata Íris de Souza Araújo. A vítima teria sido baleada pelas costas e morreu asfixiada pelo próprio sangue. As informações foram divulgadas pelo advogado da família da vítima, Samir David, com base da própria interpretação do laudo pericial.

“O laudo diz que ele foi morto por um tiro de cima para baixo. Como se ele estivesse sentado e ela veio em pé e atirou no ombro. O tiro transfixou do lado esquerdo para o direito em diagonal”, descreve o advogado.

A família havia sido avisada, dias antes do crime, sobre a decisão de se separar e tentava acalmar o casal. “Ele falou para amigos que estava triste com a separação e que Renata queria ir embora com a filha. Ele estava preocupado com a situação”, ressalta. O advogado relata que Sandys possuía seguros de vida no nome de Renata e que a assistência de acusação agora trabalha para que esses valores sejam repassados para a filha do casal.

A assistência de acusação ainda descreve que houve alteração do local do crime. Foram identificados sinais de que houve limpeza com papel higiênico, o sofá teria sido empurrado para o lado da parede e as redes sociais do policial militar foram manipuladas por Renata. A mulher também teria excluído as próprias redes sociais, para o advogado, uma forma de apagar indícios.

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