Os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL), e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR), foram indiciados pela Polícia Federal (PF) sob a acusação de terem cobrado propina para favorecer o grupo farmacêutico Hypermarcas (atual Hypera Farma) no Senado. A conclusão da investigação da PF foi divulgada pelo portal UOL nesta sexta-feira (20).

O relatório final da apuração sobre o caso, de acordo com o veículo, aponta que os três senadores do MDB receberam R$ 20 milhões da Hypermarcas para favorecer a companhia no Parlamento. Um dos exemplos dessa atuação foi a tramitação de um projeto entre 2014 e 2015 sobre incentivos fiscais a empresas.

Além disso, Renan Calheiros teria indicado um nome para a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que favoreceria interesses da Hypermarcas junto à agência reguladora. As denúncias foram feitas em acordos de delação firmados por executivos da empresa com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

A investigação do caso partiu de um desdobramento da Operação Lava Jato, em 2018, mas o relatório final do inquérito só foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto deste ano. O relator é o ministro Edson Fachin, que enviou a conclusão da Polícia Federal à PGR. O órgão dirigido por Paulo Gonet decidirá se oferece denúncia contra os emedebistas ou não.

OUTRO LADO

Em nota, a defesa de Romero Jucá disse que “repudia e repele o indiciamento” e que a PF se baseou apenas na delação premiada de um executivo do grupo Hypermarcas. Já a defesa de Eduardo Braga declarou que não tem dúvidas “de que o inquérito será arquivado”. Os advogados de Renan Calheiros e do grupo Hypermarcas não se pronunciaram.

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