O vereador de Fortaleza Julierme Sena (PL-CE), voltou a fazer duras críticias a gestão Sarto, após novas matérias na imprensa mostrar a situação que saúde de Fortaleza vive, especialmente a questão dos CAPs, que entraram em evidencia nos últimos dias.
“É INACEITÁVEL que os CAPS de Fortaleza estejam assim! Essa gestão vai terminando da pior forma possível. Profissionais sobrecarregados, pacientes esperando meses por atendimento e equipes desfalcadas… A saúde mental da nossa população merece respeito e prioridade!” afirmou o vereador Julierme Sena em suas redes sociais.
O Diário do Nordeste percorreu unidades dos Caps nos bairros Bom Jardim, Rodolfo Teófilo e Jardim América, nesta semana, para ver a realidade das estruturas e ouvir a população que procura o serviço de assistência à saúde mental. Além disso, foram procurados sindicatos que representam as categorias e profissionais da saúde atuantes nas unidades.
“Os profissionais da saúde e a população sofrem com as péssimas condições de atendimento e de trabalho, infraestrutura precária, falta de medicamentos essenciais para um bom tratamento, demora para agendamento das consultas e do retorno e o pior: a falta de médicos psiquiatras”, lista Maurício Granja, diretor de comunicação do Sindicato dos Médicos do Ceará.
Para Naylma Maia, diretora do Sindicato dos Assistentes Sociais do Ceará (Sasec), o cenário no Caps é de completa inadequação para o tratamento adequado da população.
“A situação dos Caps é a seguinte: todos estão com equipes incompletas, existindo uma carência grande por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, o que prejudica o atendimento à população”, frisa.
Esse contexto, inclusive, tem relação com a defasagem das equipes. “Muitos psiquiatras desistiram do concursos pelas condições de trabalho, o Caps exige que ele trabalhe todos os dias 4 horas e fica praticamente impossível ter dois empregos. Como o salário é baixo, acabam saindo”, contextualiza.
A diretora estima que são necessários, em média, 6 meses para que um paciente consiga o primeiro atendimento. “Os profissionais ficam totalmente sobrecarregados, com a saúde mental afetada porque não tem como dar uma resposta à população e sem ter como dar um atendimento de qualidade”, pontua.