O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, respondeu às críticas do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta terça-feira (2/7), de que as decisões da instituição teriam cunho político. Campos Neto defendeu que o trabalho do banco é técnico e que é preciso afastar a “narrativa política”.

“Temos que nos afastar da arena política e tentar continuar com o trabalho técnico. E acho que o que fizemos é uma prova viva de que tudo que foi feito foi muito técnico”, afirmou o presidente da instituição em evento com líderes de bancos internacionais.

Nessa segunda (1º/7), Lula reclamou que está há dois anos com o chefe do BC escolhido por Jair Bolsonaro (PL). “Como pode o presidente da República ganhar as eleições e, depois, não poder indicar o presidente do Banco Central? Ou, se indica, ele tem uma data. Estou há dois anos com o presidente do Banco Central do Bolsonaro”, disse em entrevista à Rádio Princesa, da Bahia.

Campos Neto relembrou que, em 2022 a taxa de juros chegou 13,75%, a maior em um ano eleitoral. “Se isso não é uma prova de que você é independente, e você agiu autonomamente, é difícil encontrar outro exemplo como esse”, argumentou.

A alta do índice é o principal motivo das críticas de Lula ao chefe do BC. O chefe do Executivo defende que o patamar elevado reduz a possibilidade de investimentos.

COMENTAR