O Supremo Tribunal Federal (STF) desembolsou R$ 39 mil em diárias internacionais a um segurança do ministro Dias Toffoli. O profissional acompanhou o magistrado em viagem à Inglaterra, que incluiu ida à final da Champions League. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

O segurança acompanhou Toffoli entre os dias 25 de maio e 3 de junho. O Real Madrid venceu o Borussia Dortmund por 2 a 0 e conquistou o título no dia 1º. O magistrado participou remotamente da sessão da Corte no dia 29 de maio.

O STF não confirmou a viagem do ministro, nem suas agendas no exterior, mas ressaltou que “nenhuma viagem reduz o ritmo de trabalho e os estudos por parte do ministro, que segue trabalhando em seus votos, em suas decisões e participando das sessões colegiadas”.

Nos meses anteriores, o STF já havia desembolsado R$ 99,6 mil para um segurança acompanhar Toffoli em eventos em Londres e Madri, conforme apurado pelo jornal Folha de S.Paulo.

A ordem bancária que registrou os gastos foi emitida no dia 27 de maio, disponível no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), que agrupa informações de pagamentos do governo federal.

Durante a viagem, Toffoli esteve acompanhado do empresário Alberto Leite, que afirmou não ter arcado com as despesas do ministro.

Em nota enviada à Folha, o STF afirmou que a orientação do setor de segurança é “não informar razões e locais de deslocamento.”

“Ressalta-se que em nenhuma viagem o ministro recebeu passagens ou diárias do STF”, disse o tribunal, sem confirmar a presença de Toffoli na Inglaterra. A reportagem também questionou se ele teve eventos ou agendas privadas, mas não obteve resposta.

Em 2022, o portal Metrópoles revelou que o ministro Kassio Nunes Marques acompanhou a final da Champions League com despesas pagas por um advogado. O tribunal explicou que detectou “exposição equivocada” de nomes de seguranças e ajustou a divulgação das informações.

“O STF não comentará questionamentos que individualizem seguranças, pois isso representa grave ameaça à segurança do servidor, da autoridade protegida e seus familiares”, disse a Corte. “O custo da despesa é regularmente divulgada no portal da transparência no site.”

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