O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 3,10% em maio deste ano e fechou o mês em R$ 6,912 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Tesouro Nacional. Em abril, o estoque estava em R$ 6,704 trilhões.
A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve alta de 3,16% em maio e fechou o mês em R$ 6,627 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 1,77% maior no mês, somando R$ 285,47 bilhões ao fim de maio.
ESTRANGEIROS
A participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública Federal teve leve queda em maio. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 9,80% em abril para 9,76% no mês passado. No fim de 2023, a fatia estava em 9,48%.
O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 647,08 bilhões em maio, ante R$ 629,54 bilhões em abril. A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 30,41% em maio, ante 29,23% em abril.
A parcela dos fundos de investimentos passou de 22,98% para 22,73% em maio. Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 23,51% para 22,90% de um mês para o outro. Já as seguradoras passaram de 3,98% para 3,89% na mesma comparação.
“COLCHÃO” DA DÍVIDA
O Tesouro Nacional encerrou maio com R$ 1,032 trilhão no chamado “colchão da dívida”, a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado é 16,67% maior em termos nominais que os R$ 884,52 bilhões que estavam na reserva em abril.
O valor serve de termômetro para saber se o país tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa. O montante de maio era suficiente para cobrir oito meses de pagamentos de títulos, ante 8,35 meses em abril. O Tesouro trabalha com um mínimo prudencial equivalente a uma reserva para três meses de vencimentos.