O jornalista português Sérgio Tavares foi liberado pela PF (Polícia Federal) na manhã deste domingo (25.fev.2024) depois de ficar detido no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, por mais de 4 horas. Ele viajou ao Brasil para cobrir o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que começará às 15h na avenida Paulista. “Este é o bom sabor da liberdade”, disse Tavares em post em seu perfil no X (ex-Twitter) depois de ser solto.
Segundo o jornalista, em depoimento, foi questionado sobre os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e Flávio Dino, vacinação contra a covid-19 e o 8 de Janeiro. Também afirmou que teve o passaporte apreendido e foi “tratado quase que como um criminoso”. E concluiu: “Não nos vão calar. Vou estar daqui a pouco na Paulista, a mostrar a festa da liberdade”.
Repercussão no mundo
O jornalista norte-americano Glenn Greenwald foi um dos primeiros a repercutir, com postagem em seu perfil no Twitter/X. O site de notícias polonês Visegrad 24 também usou as redes sociais para alertar sobre o constrangimento do jornalista português ao desembarcar no Brasil.
O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN), de Portugal, divulgou uma nota de repúdio com o título: “Ditadura no Brasil contra o português Sérgio Tavares”.
No comunicado de imprensa, a legenda exige um posicionamento do governo português em relação ao incidente.
“Esta perseguição fascista de uma extrema-esquerda que apoia o presidente Lula da Silva” diz a nota, “é fruto da complacência que o nosso Governo e o Presidente da República têm com criminosos condenados por crimes.”
Durante o interrogatório, por orientação do advogado, ele permaneceu em silêncio.