O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou nesta sexta-feira, 2, que as forças militares norte-americanas realizaram ataques contra 85 alvos de milícias ligadas ao Irã no Iraque e na Síria. As ofensivas foram uma resposta a um ataque de grupos terroristas ligados ao Irã contra uma base dos EUA no domingo 28, que mataram três soldados norte-americanos e feriram outros 40.
Aviões bombardeiros B-1 foram utilizados nas operações. As incursões militares dos EUA duraram cerca de 30 minutos e foram bem-sucedidos, segundo a Casa Branca.
O Comando Central dos EUA (Centcom, na sigla em inglês) confirmou que foram realizados ataques aéreos no Iraque e na Síria “contra a Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) e grupos de milícias afiliados”.
A Força Qods é um braço internacional do IRGC e é usada pelo governo iraniano para promover suas metas de política externa, especialmente na Síria e no Iraque.
Ataque dos EUA contra milícias ligadas ao Irã
A ofensiva dos EUA foi realizada pouco tempo depois de Biden participar da transferência dos corpos dos três soldados mortos e ter se encontrado com seus familiares.
Em comunicado, o presidente afirmou que a resposta militar norte-americana “continuará em momentos e locais à nossa escolha”.
“Os Estados Unidos não procuram conflitos no Oriente Médio ou em qualquer outro lugar do mundo”, declarou. “Mas todos aqueles que tentarem nos ferir saibam: se vocês ferirem um norte-americano, nós responderemos.”
A nova incursão teve como alvos centros de comando e controle; centros logísticos, locais de distribuição de munição e armazéns de foguetes, mísseis e drones.
Veículos de imprensa da Síria afirmaram que os locais bombardeados ficam em áreas de deserto do país, e que há pessoas atingidas.
Já o porta-voz militar do Iraque, Yehia Rasul, condenou os ataques dos EUA e os considerou “uma violação de soberania” que pode desencadear mais instabilidade no Oriente Médio.