O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio de nota do Itamaraty, afirmou nesta 3ª feira (23.jan.2024) que só um cessar-fogo na Faixa de Gaza poderia interromper a escalada de hostilidade em países do Oriente Médio. Também diz ser preciso retomar as negociações para a criação de um Estado palestino ao lado de Israel, no texto de 250 palavras, porém, o governo Lula não menciona que foi o Hamas quem iniciou o conflito em 7 de outubro e que mantém, até hoje, ao menos 130 reféns capturados em solo israelense.
“O governo brasileiro reafirma que a interrupção do atual ciclo de hostilidades no Oriente Médio passa necessariamente pela adoção imediata de um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza e pela retomada de negociações concretas entre Israel e Palestina com vistas a alcançar solução de 2 Estados, com um Estado palestino economicamente viável e convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança”, declarou.
Desde novembro, os Houthis, um grupo rebelde do Iêmen apoiado pelo Irã, realiza ataques contra navios no mar Vermelho e no canal de Suez. Em resposta, na 4ª feira (17.jan), a administração do presidente norte-americano, Joe Biden, voltou a classificar os combatentes como uma organização estrangeira “terrorista”. …
O grupo declara que seus ataques são uma retaliação à operação militar de Israel na Faixa de Gaza. Afirmam ter como alvo navios pertencentes a empresas israelenses, mas os Estados Unidos dizem que diversos navios atingidos nos últimos dias não tinham relação com Israel ou com a guerra no Oriente Médio. …
O governo brasileiro afirmou que acompanha a situação na região com preocupação e pediu que todas as partes atuem com o máximo de contenção.
“O Brasil defende o respeito à soberania e à integridade territorial dos países afetados, de acordo com os princípios da Carta das Nações Unidas, e reitera que só o diálogo poderá viabilizar solução satisfatória para todos os atores implicados e oferecer reais perspectivas de estabilidade e de paz duradouras”, disse.