A informação divulgada mais cedo pelo Ministério das Relações Exteriores não se confirmou. Diferentemente da afirmação da pasta, o grupo de brasileiros não conseguiu deixar a Faixa de Gaza nesta sexta-feira, 10. A Passagem de Rafah, na fronteira do território palestino com o Egito, foi fechada por volta das 10h30 (horário de Brasília).
Inicialmente, o Ministério das Relações Exteriores chegou a afirmar que os brasileiros estavam apostos na manhã de hoje nas proximidades de Rafah. De acordo com o governo federal, eles só aguardariam os trâmites para ir para o lado egipcio da fronteira.
Conforme a emissora de TV CNN Brasil, o fechamento da Passagem de Rafah ocorreu antes do horário previsto em decorrência de “problemas” com ambulâncias que trafegam pela região. Os veículos são responsáveis por carregar feridos para fora de Gaza, território sob controle do grupo terrorista Hamas.
Diante da permanência dos brasileiros em Gaza por pelo menos mais um dia, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que a saída do território palestino “é complexa”. Com o novo fechamento da Passagem de Rafah, o integrante do governo Lula não apresentou uma nova perspectiva de data para a repatriação do grupo. “Não sei dizer quando será a abertura da fronteira.”
Coletiva ao lado de apoiador do Hamas
Ao lado do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, Vieira fez questão de dizer que, desde a deflagração da guerra entre Israel e os terroristas do Hamas, tem mantido conversas com autoridades dos países da região, além de representantes palestinos. Ele não soube, contudo, explicar a razão de brasileiros não constarem em listas anteriores para deixar Gaza.
Presente na coletiva desta sexta ao lado do chanceler do Brasil, Pimenta integra o grupo de petistas que, em 2021, assinou manifesto em que repudiava a classificação do Hamas como entidade terrorista. Os militantes do movimento extremista islâmico invadiram Israel em 7 de outubro. Na ocasião, eles estupraram, sequestraram e mataram centenas de pessoas.
A coletiva convocada por Mauro Vieira teve duração de 18 minutos.