O PT no Ceará passa por mais uma crise de poder, a ex-prefeita e deputada Federal Luzianne Lins tenta se estabelecer como candidata a Prefeita de Fortaleza, mas o grupo formado pelo Ministro da Educação Camilo Santana e o líder do governo José Guimarães preferem Evandro Leitão, na última sexta-feira, Luzianne fez o lançamento da sua pré-candidatura a prefeito de Fortaleza, onde afirmou que Elmano de Freitas (PT) só é hoje governador porque foi candidato a prefeito de Fortaleza em 2012, lançado por ela.
Líder do PT na Assembleia Legislativa (Alece), o deputado De Assis Diniz viu como injusta a fala da deputada federal Luizianne Lins (PT) de que o hoje governador Elmano de Freitas (PT) não seria governador se não tivesse sido lançado para prefeitura em 2012. Segundo ele, o governador ocupa o cargo por sua própria liderança e história dentro do partido, além da participação do ministro Camilo Santana (PT) e demais filiados da legenda na escolha para que ele concorresse em 2022.
“A militância no PT o credenciou, o fato de você querer imputar a uma liderança uma indicação e ter reciprocidade em tudo na vida. Nós tivemos ao longo de todo esse processo interno no partido sempre a liberdade para que os novos quadros pudessem ter suas avaliações. O Elmano está onde está por sua própria liderança, não é o fato dele ter tido uma oportunidade que o vai fazer refém de todo processo. Se ele hoje é governador, ótimo que ele tenha tido uma oportunidade de se apresentar antes, mas se não fosse o Camilo e o PT o escolhendo, ele não teria tido a oportunidade”, ressaltou.
Ele diz ainda que ao partido não pode ficar “refém de uma única liderança” e que os nomes vão se credenciando “por forças internas e capacidades”. Questionado sobre uma possível “pressão” por Elmano ter sido secretário de Luizianne quando a deputada foi prefeita, De Assis avaliou que o governador tem “maturidade” e que a decisão passará por diálogos internos na sigla.
Luzianne também mandou um recado para quem subestima suas chances de vitória, classificados por ela de “bacanões”. “As pessoas, esse bacanões, querem dizer para gente ‘não tem chance, não’. Eu quero dizer para eles tudinho que nós fomos o segundo ciclo reiniciamos o segundo ciclo da esquerda no Ceará, porque até nós era só PSDB ou PMDB”.