Durante reunião do G77, em Havana, o presidente Lula afirmou que a ditadura de Cuba é vítima de perseguição, por parte um “embargo ilegal” dos Estados Unidos. O petista criticou ainda a inclusão do regime castrista na lista de Estados patrocinadores do terrorismo. “O Brasil é contra qualquer medida coercitiva de caráter unilateral”, disse, neste sábado, 16, além disso, o chefe do Executivo apoiou a ideia segundo a qual as redes sociais têm de ser regulamentadas. “O projeto de diretrizes globais para regulamentação de plataformas digitais, da Unesco, equilibra a liberdade de expressão e o acesso à informação com a necessidade de coibir a disseminação de conteúdos que contrariam a lei, ou ameaçam a democracia e os direitos humanos”, observou.

Publicado no mês passado, um levantamento da ONG Prisioners Defenders informou que Cuba tem mais de mil presos políticos, em virtude de suas críticas à ditadura.

Depois do G77, Lula embarca para Nova York, onde vai falar perante a Organização das Nações Unidas.

De acordo com Lula, o G77 é o maior espaço com “abrangência e diversidade” que os demais. “Nosso grupo corresponde a 79% da população mundial e 49% do PIB global em paridade do poder de compra”, disse. “Há quase sessenta anos, tem sido um vetor de importantes mudanças nas instituições multilaterais. O G77 foi fundamental para expor as anomalias do comércio global e para defender a construção de uma Nova Ordem Econômica Internacional.”

Conforme o petista, “a governança mundial segue assimétrica”. “A ONU, o sistema Bretton Woods e a OMC estão perdendo credibilidade”, afirmou. “Não podemos nos dividir.” Lula fez ainda um apelo para que os países do G77 “forjem” uma visão comum entre si.

 

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