A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria de Infraestrutura (Seinf), aponta que deverá responder o ofício enviado pelo Governo do Estado contendo o resultado da perícia feita na Ponte dos Ingleses. O Estado aponta que a estrutura não tem condições de receber intervenções e, por isso, a obra não foi continuada.
O documento, no entanto, segundo a gestão municipal, só foi enviado após o anúncio de José Sarto (PDT) de que a Prefeitura assumiria a obra no local na quarta-feira, 26. O secretário Samuel Dias, titular da Seinf, afirma que o relatório apresentado pelo Estado é “tecnicamente frágil” e que, pelas inconsistências, o documento “não deveria nem ser respondido”. A prefeitura irá, no entanto, responder dentro de 15 dias.
“A obra da Ponte dos Ingleses foi executada com máximo rigor técnico e não oferece nenhum risco de colapso como foi afirmado de forma irresponsável pela SOP. O ofício enviado à Seinf pela SOP contendo esse relatório, porque não é um laudo, é tecnicamente frágil que praticamente não tem uma conta, uma soma, em um relatório técnico de engenharia”, afirma o titular.
Segundo ele, o documento contém imagens e “suposições que não tem o menor respaldo técnico”. “Esse documento nem mereceria ser respondido por conta da fragilidade dele. Entretanto, tendo em vista a transparência e a necessidade de deixar o povo tranquilo. Nós estamos elaborando um relatório tecnicamente embasado com a participação de técnicos efetivamente habilitados para comentar e tecer laudos técnicos sobre o tema”, ressaltou Dias.
O secretário afirma que, na próxima semana, deve iniciar a cobrança ao Governo do projeto da requalificação, sob a responsabilidade estadual. O pedido consta em ofício da Prefeitura enviado à Superintendência de Obras Públicas, na última quarta-feira, 26.
No texto, a Prefeitura cita a reunião mediada pelo Ministério Público (MPCE) e ressalta a ata do encontro em que a SOP diz “não conseguir mais ter disponibilidade orçamentária para realizar a obra”. A pasta reproduz também trecho que a Secretaria de Turismo (Setur) questiona se seria de sua incumbência cuidar da ponte.
Fonte: O Povo