O governo Lula empregou José Valdir Misnerovicz, mais conhecido como Valdir do MST, ocupando a posição de coordenador no Ministério do Desenvolvimento Agrário em Goiás, o problema é que ele responde por agressão e tortura a funcionários de uma fazenda e até mesmo de sequestro da filha de um integrantes do MST de Goiás que não obedeceu a uma ordem de invasão, segundo reportagem da revista Veja.

No Ministério comandado por Paulo Teixeira, Valdir do MST é encarregado de supervisionar o programa de assistência técnica ao financiamento de famílias assentadas dos projetos oficiais de reforma agrária. Sua nomeação gerou críticas dos produtores rurais, que tinham conhecimento da violência extrema do MST sob a liderança de Misnerovicz.

De acordo com a revista Veja, Misnerovicz liderou invasões violentas a fazendas em Goiás, resultando em sua prisão por cinco meses em 2016. Ele é acusado, por exemplo, de torturar funcionários de uma fazenda em Santa Helena de Goiás. Durante essa invasão, relatos de trabalhadores apontam que o coordenador ordenou que os donos abandonassem a fazenda, ameaçando incendiar a sede.

Em um incidente anterior, datado de 2001, um membro do MST se recusou a seguir as ordens do então líder Valdir, resultando na derrubada da casa do rapaz, denunciante do caso à Polícia Federal. Além disso, sua esposa foi agredida e sua filha, com apenas um ano de idade, foi sequestrada. A vítima foi forçada a abandonar o acampamento onde morava e, como pagamento pelo resgate de sua filha, teve um dedo decepado, como relatado pela Veja.

Em 2018, Valdir foi condenado a seis anos de prisão por organização e esbulho, mas a primeira acusação foi anulada, e ele aguarda decisão sobre a segunda acusação.

Detalhes dos crimes

No caso mais recente que ocorreu em 2006, na cidade de Santa Helena de Goiás, confiscou máquinas e ergueu uma barricada de pneus ameaçando atear fogo na sede. Durante o ataque, um dos funcionários foi derrubado da cabine de um trator e ameaçado com um facão.

A cena descrita pela Veja é brutal: “Durante o ataque, um dos funcionários foi derrubado da cabine de um trator e ameaçado com um facão. ‘Nós vamos picar o Toninho’ [dono da fazenda], repetiam os invasores, enquanto empurravam o rapaz de um lado para o outro, esfregando a lâmina da arma em seu rosto.”

Os sem-terra também dispararam contra um funcionário da fazenda, que fugiu do local. Por esses fatos, Misnerovicz ficou preso durante cinco meses, informa a revista.

Em 2001 ocorreu outro caso que chamou a atenção, o petista foi acusado pelos próprios sem-terra de agir com extrema violência. O coordenador financeiro do MST, Joviniano José Rodrigues, em depoimento à Polícia Federal, disse que, por ordem de Misnerovicz, teve sua casa derrubada a machadadas, sua esposa agredida e sua filha, de 1 ano, foi sequestrada.

Segundo ele, “mais de 200 pessoas cercaram e destruíram meu barraco, quebraram tudo que tinha lá dentro”. Também lhe confiscaram 200 galinhas e 80 sacas de milho. A criança foi devolvida tempos depois, com um dedo decepado.

Rodrigues também foi expulso do assentamento de Palmeiras de Goiás, o mesmo em que Valdir Misnerovicz morava junto com mais 400 famílias. E o motivo disso tudo: uma retaliação a Rodrigues por se recusar a invadir uma fazenda e confiscar 14 novilhas. Ele conhecia um dos funcionários e disse que não participaria do ataque.

COMENTAR