O Ministério Público do Ceará revelou em uma investigação que a facção PCC (Primeiro Comando da Capital), estaria enviando valores ao núcleo da facção no Ceará para que a organização criminosa obtivesse denúncias contra a gestão da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). O objetivo seria obter o fim da gestão de Mauro Albuquerque, da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
Entre os anos de 2022 e 2023, foram registradas 33 denúncias por meio do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF), que é ligado ao Tribunal de Justiça do Ceará. A gestão da antiga CPPL 4 foi afastada após denúncias de maus tratos.
A defesa provou através de um vídeos de um motim na unidade, que conforme os advogados, seria um dos principais motivos do afastamento. A defesa apontou que o amotinamento seria da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Os presos do PCC, que eram da antiga CPPL 3, foram levados para a CPPL 4 e houve o motim em que os internos tentaram roubar as armas dos policiais, inclusive, quebrando um dos armamentos.
Conforme a fonte ligada ao MPCE, o Ceará está entre os estados que receberia repasse de verbas da organização criminosa. A “Sintonia dos Bravatas” tinha o objetivo de que fossem incrementadas denúncias de crimes dentro das unidades e que fosse prejudicada a gestão do atual secretário Mauro Albuquerque. Esses valores seriam destinados para incentivar as denúncias e pagamento de advogados.
A meta da facção seria de obter 70 denúncias por visitante, pois ,dessa forma, seria possível chamar a atenção da imprensa e, consequentemente, da sociedade para a situação dos detentos. Em abril deste ano, O POVO mostrou o trabalho do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), que identificou “salves” divulgados em tampas de quentinhas. As ações aconteciam na Casa de Privação Provisória de Liberdade (antiga CPPL 3).