A Petrobrás anunciou na manhã dessa terça-feira (16), que não adotará mais a chamada política de paridade de importação (PPI), mecanismo que estava em vigor desde o governo Temer, em 2016, e que fazia com que o preço do petróleo e dos combustíveis derivados dele, como gasolina e diesel, seguissem as variações do dólar e do mercado internacional.
Na nota oficial sobre o assunto, divulgada pela empresa, a Petrobras informou que “os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.
Economista ficam receosos com ação da Petrobras, como aponta o economista Ricardo Hammoud “E preocupante que o mercado internacional seja só uma referencia, mas as indicações feita pela atual administração da Petrobrás parecem ser bem perigosas”.
O comunicado da companhia destacou também que a nova política de preços adotará duas referências de mercado: o “custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação”, e o “valor marginal para a Petrobras”. As mudanças, de acordo com a empresa, têm como objetivo fazer com que a petroleira possua “mais flexibilidade para praticar preços competitivos”.
– Com a mudança, a Petrobras tem mais flexibilidade para praticar preços competitivos, se valendo de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil, como distribuidores e importadores – ressalta.
A intenção de modificar a política de preços era um desejo antigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que desde a campanha eleitoral do ano passado já vinha falando em “abrasileirar” o valor dos combustíveis. Em um comunicado emitido no último domingo (14), a Petrobras informou que analisaria o tema nesta semana.