O ex-Prefeito de Fortaleza Roberto Claudio (PDT) classificou a saída do deputado estadual Evandro Leitão do partido como um teatro montado, “É de muito mau gosto e subestima a inteligência do nosso povo”, acrescentou, o presidente da Assembleia Legislativa respondeu nas redes sociais dizendo que “Roberto Claudio está passando a fazer postagens agressivas contra quem ele considera adversário. Após agredir Camilo e Elmano seguidas vezes, agora me ataca gratuitamente. Triste comportamento. Nesta situação que ele classifica de “teatro”, agride não apenas a minha pessoa, mas ofende os 41 membros de um total de 48 representantes do Diretório Estadual do PDT que votaram pela aprovação da carta de anuência para minha desfiliação.” disse Evandro Leitão.
Lembrando que Evandro Leitão anunciou a desfiliação do PDT na manhã da última terça-feira (29), após o diretório estadual do partido, sob comando temporário do senador Cid Gomes (PDT), conceder a carta de anuência a ele na última sexta-feira (25).
Apesar da permissão do PDT Ceará, o mandato de Evandro como deputado estadual deve ser questionado judicialmente caso ele formalize a desfiliação, segundo informaram os dirigentes nacionais da legenda. Na terça, conforme informou o colunista Inácio Aguiar, a Justiça negou pedido feito pelo presidente nacional do PDT, André Figueiredo, para anular a carta de anuência concedida pelo diretório estadual.
Ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio criticou a movimentação de Evandro Leitão para sair do partido. “Quem acha que o ‘poder’ pode e consegue tudo, inclusive convencer o povo, por mais surreal que seja a narrativa, muitas vezes ‘quebra a cara’!”, escreveu.
Roberto Cláudio e Evandro Leitão faziam parte de grupos divergentes desde a pré-campanha eleitoral de 2022. Um dos pré-candidatos do PDT ao Governo do Ceará, Leitão retirou a postulação para apoiar a então governadora Izolda Cela (sem partido), que pleiteava a candidatura à reeleição.
Contudo, ela acabou derrotada na disputa interna do PDT, quando Roberto Cláudio foi escolhido como candidato do partido ao Palácio da Abolição — o que levou a ruptura entre PDT e PT e, na sequência, à candidatura de Elmano de Freitas (PT), que acabou vitoriosa ainda no primeiro turno da eleição.