Uma notícia devastadora emergiu do Complexo Penitenciário da Papuda: Cleriston Pereira Cunha, 45 anos, conhecido como “Clezão do Ramalho”, foi reportado como falecido hoje, dentro da instituição. Clezão do Ramalho estava entre os detidos durante os eventos de 8 de janeiro. Segundo relatos, ele passou mal no pátio do presídio e foi imediatamente assistido pelo Dr. Frederico, outro detento que também enfrenta acusações relacionadas ao mesmo caso. Apesar da chegada de três viaturas do Corpo de Bombeiros, Cleriston, infelizmente, não resistiu.

Do lado de fora do presídio, advogados da ASFAV (Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro) se reuniram, buscando respostas e justiça para o ocorrido.

O caso de Cleriston estava nas mãos de Alexandre de Moraes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia se posicionado pela sua soltura. Desde 1 de Setembro, o sub-procurador Carlos Frederico dos Santos afirmou em parecer que “não mais se justifica a segregação cautelar, seja para a garantia da ordem pública, seja para conveniência da instrução criminal, especialmente considerando a ausência de risco de interferência na coleta de [provas]”, mas o Ministro não analisou o caso.

De acordo com registros da penitenciária, Cunha sofria de diabetes e hipertensão e utilizava medicação controlada. Ele também teve seis atendimentos médicos entre janeiro e maio, além de ter sido encaminhado para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em maio.

Esta não é uma situação isolada. Na última semana, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA foi acionada para investigar a condição de outro detento, que, assim como Cleriston, estava detido por ordem do ministro Alexandre e enfrentava graves problemas de saúde.

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