Na última quarta-feira 6, o plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, por uma margem de três votos, o requerimento de urgência do projeto de decreto legislativo (PDL). A medida buscava revogar uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que limitou o acesso da população civil do país às armas de fogo. Dez deputados ajudaram a essa rejeição, foram eles Antonio Carlos (PL/SP) e João Bacelar (PL/BA) que votaram contra. Se abstiveram Eli Borges (PL-TO) e Henrique Junior (PL-MA). Ausentaram-se Capitão Augusto (PL-SP), Fernando Rodolfo (PL-PE), Samuel Viana (PL-MG), Silvio Antonio (PL-MA), Palhaço Tiririca (PL-SP) e Wellington Roberto (PL-PB).
Para a aprovação da urgência, eram necessários 257 votos favoráveis, mas obtiveram apenas 254. O resultado causou irritação entre parlamentares do Partido Liberal (PL), que começaram a expor os nomes de dez colegas de partido que não votaram, se abstiveram ou seguiram a orientação da base governista de Lula — que foi o de rejeitar a urgência do PDL.
“Perdemos por três votos”, afirmou o deputado Marcos Pollon (PL-MS). “Teve gente da arminha com a mão que não votou. Pessoal se elege com a bandeira das armas e não votou. Estamos aqui trabalhando até de madrugada e perdemos por três votos. Vou publicar os nomes dos deputados.”
Por meio de publicação no Twitter/X, o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ) criticou a postura dos parlamentares do partido que apoiaram a base governista. Ele é pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro.
“Erramos em não identificar aqueles que apenas se beneficiam do movimento da direita”, escreveu o Ramagem. “Surgirão muitos falsos e enganarão a muitos.”
Fernando Rodolfo (PL-PE) justificou sua ausência por meio de nota. A equipe de comunicação dele afirmou que o deputado está afastado, em missão no Amazonas. “O parlamentar, que também é armamentista, reitera seu apoio à causa dos CACs.”
O projeto, de autoria do deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), é uma pauta considerada importante pela oposição. O decreto, em vigor desde julho deste ano, reduz o número de armas e munições que podem ser adquiridos por civis e CACs.