As pontes Ernesto Gurgel Valente e Juscelino Kubitschek, localizadas paralelamente na BR-304, em Aracati, município no Litoral Leste, apresentam sinais de desgaste. Com concreto solto e ferragens expostas nos pilares de sustentação, a situação causou preocupação de condutores e moradores que passam diariamente pelas estruturas e temem um colapso.

As pontes de Aracati, sobre o rio Jaguaribe, passaram a ser alvo de preocupação após moradores registrarem o desgaste das estruturas e divulgarem imagens nas redes sociais. “Os ferros totalmente expostos. Depois a ponte cai e não sabe por que é”, diz um morador da região, ao fazer o registro.

A primeira ponte a ser inaugurada foi a Presidente Juscelino Kubitschek, em 27 de julho de 1959. Atualmente com 66 anos, ela tirou a cidade do isolamento, conectando-a ao Vale do Jaguaribe. Já a segunda começou a ser construída décadas depois, em 2002, e levou mais de uma década para ser concluída.

Segundo a última atualização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), até dezembro de 2024, as duas foram classificadas com nota 2 (ruim). Isso significa, de acordo com o órgão, que as pontes apresentam “significativa insuficiência estrutural. Porém, ainda não há, aparentemente, um risco tangível de colapso estrutural”.

Em depoimento ao O POVO, um morador do município, que preferiu não se identificar, relatou seus receios ao atravessar as pontes. Residente em uma localidade próxima, ele precisa cruzá-las diariamente para se deslocar ao Centro da cidade, onde trabalha.

“Nossa principal reclamação é a ausência de manutenção preventiva. Se os ferros embaixo da estrutura estão aparentes, isso significa que a água vai corroer o material ainda mais rápido”, diz.

Ele destaca que os problemas também afetam as emendas entre a ponte e o pavimento da via. “No período de inverno, sempre há correntezas de água, o que cria uma fissura entre a ponte e a barreira. Por isso, ao subir na ponte, sentimos uma pancada do carro, como se tivesse caído em buraco”, aponta.

Ele também reclama que, embora a via tenha iluminação antes e depois das pontes, as estruturas permanecem sem luz.

Fonte: O Povo

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