Deputados da oposição protocolaram, nesta quarta-feira, 5, dois pedidos de impeachment contra o presidente Lula. De autoria de Caroline de Toni (PL-SC) e Paulo Bilynskyj (PL-SP), as solicitações se baseiam nas falas do petistas durante sua participação no 26° encontro do Foro de São Paulo.
“O Foro violou vários diplomas constitucionais”, disse Caroline. “A Constituição diz que todo partido tem um caráter nacional e não pode receber dinheiro de nações estrangeiras. Caso isso aconteça, o partido deve ser cassado pelo TSE. É um crime contra a soberania nacional, família e costumes.”
Fundado em 1990, o Foro de São Paulo foi idealizado por Lula e pelo ditador cubano Fidel Castro. O objetivo era formar uma união dos partidos de esquerda da América Latina para chegar ao poder. Em junho deste ano, a organização de esquerda divulgou um documento enaltecendo ditaduras comunistas e criticando os EUA.
Na semana passada, durante sua participação no Foro, Lula disse que tem orgulho de ser chamado de comunista e socialista. “Nos acusam ainda de sermos comunistas e socialistas e pensam que nos ofendem assim. Isso nos dá orgulho”, contou.
O petista ainda destacou que as pautas que a esquerda enfrenta são as dos costumes, da família e do patriotismo. “Lula ataca o patriotismo, a família e o cidadão conservador”, disse Bilynskyj. “Ele relativizou a democracia e foi repreendido por um ministro do Supremo Tribunal Federal. As falas dele são crimes.”
Juntos, os dois pedidos ultrapassam o número de 140 assinaturas. O deputado Pastor Marcos Feliciano (PL-SP) fez um apelo ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para analisar o pedido de impeachment.
“O senhor é o líder do centrão e comanda mais de 200 deputados”, disse Feliciano. “Juntos, podemos tirar Lula do poder e tornar o senhor o herói da nação.”