O ministro do STF concedeu a liberdade provisória para o ex-ministro Anderson Torres nesta tarde. Torres, que é delegado da Polícia Federal, estava preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão nos atos do 8 de janeiro. A defesa alega que Torres está com problemas de saúde e, por isso, pediu que a prisão preventiva fosse revogada.

Moraes, contudo, impôs algumas regras que, caso sejam descumpridas, fará Torres retornar à prisão. O magistrado proibiu o ex-ministro de sair das dependências do Brasil e do Distrito Federal (DF), de usar as redes sociais e de se comunicar com qualquer envolvido no mesmo inquérito que ele.

Antes de sair da prisão, Torres terá de colocar uma tornozeleira eletrônica, se apresentar a Justiça do DF em até 24 horas e deve estar em casa todas às noites. Moraes ainda afastou o ex-ministro do cargo de delegado da Polícia Federal e ordenou que ele compareça todas as segundas-feiras à Justiça do DF.

Além disso, o ministro cancelou todos os passaportes que existirem no país em nome de Torres e suspendeu qualquer documento de porte de arma de fogo que o ex-ministro possa ter.

O deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE) destacou que a prisão do ex-ministro “não se sustentava em pé juridicamente”. “Depois de quase seis meses de prisão extremamente arbitrária, Torres é solto”, contou.

Já o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) disse a Torres que o Brasil “estava com ele”. “Estávamos muito revoltados com essa prisão, mas recebemos essa soltura com muita alegria”, explicou Nogueira.

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